Ministro do Esporte diz que não há obras atrasadas para Copa das Confederações

14/05/2012 16:56

 

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse na manhã desta segunda-feira (14) que todos os estádios que estão sendo construídos para a Copa das Confederações estão seguindo o cronograma previsto e não há atrasos. O ministro visitou as obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e se disse satisfeito com o que viu. A capital federal tem 56% das obras concluídas. 
 
– Eu creio que Brasília e Fortaleza são os dois que tem calendário mais avançado em relação à Copa das Confederações, os dois estão com mais de 50% das obras já concluídas. Brasília é uma referência no caso da atualização do cronograma previsto. Mas todas elas [obras para 2013] estão ou são compatíveis com o cronograma previsto. Não há isso de uma sede da Copa das Confederações não ficar pronta. 
 
A maior preocupação do ministério, segundo Rebelo, é a obra do estádio São Lourenço da Mata, em Pernambuco. De acordo com o ministro, a obra não está atrasada, mas haverá uma "concentração de esforços".  – É claro que nós precisamos de concentração de esforço maior em Pernambuco, mas o governador Eduardo Campos está atento e já fiz uma visita às obras e mais de uma reunião com governador e secretário responsável pelo estádio São Lourenço da Mata. Todos [os estádios] vão ficar prontos dentro do tempo previsto. 
 
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O ministro reforço que é preciso separar as obras para não confundir os cronogramas. Nem todas as cidades que serão sede da Copa do Mundo serão também sede da Copa das Confederações, em 2013. 
 
– Eu não tenho o número exato da proporção de todas as cidades, porque há duas obras distintas. A dos estádios que estão sendo construídos para a Copa das Confederações, estes tem que estar prontos entre o fim de 2012 e o começo de 2013, e os estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo, que tem prazo entre fim de 2013 e início de 2014. 
 
O Estádio Nacional de Brasília será entregue em dezembro deste ano, segundo o governador do DF, Agnelo Queiroz.
 
Fifa
 
O ministro também minimizou os problemas com a Fifa durante a visita. Em março, em entrevista a jornalistas na Inglaterra, o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, demonstrou irritação com a demora na execução de obras para a Copa no Brasil e disse que o governo merecia levar um “pontapé no traseiro”.
 
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A declaração não agradou o governo federal e o próprio ministro do Esporte pediu a saída de Valcke como interlocutor da entidade. Hoje, ele disse que não há mais "arestas" a serem acertadas e a relação está normal.
 
– Não há propriamente arestas, o que há são diferenças naturais entre dois entes que têm preocupações distintas. A Fifa é a entidade responsável pela Copa e tem seus interesses comerciais dos seus patrocinadores. O governo brasileiro tem somente dois interesses: um público e o outro nacional. Quando há diferenças nós procuramos administrar tendo como referência o interesse do Brasil. E há um denominador comum que é realizar a maior e melhor Copa do Mundo.
 
Lei Geral
 
Rebelo disse ainda que a Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso na última semana "realiza as garantias assinadas pelo governo brasileiro" em 2007 e que não vê problemas futuros para que todos os estádios liberem a bebida alcoólica, exigência da Fifa.
 
O projeto aprovado na última semana no Senado,  não tem a liberação expressa da venda de bebidas nos estádios. O texto suspende, durante o período da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, a validade de artigo do Estatuto do Torcedor que veta a venda de bebidas alcoólicas em estádios brasileiros, mas deixa a negociação para os Estados que serão sede do mundial.
 
Para Aldo, a liberação já está garantida pois a lei é nacional.
 
– Onde houver um detalhe nós vamos realizar e encontrar a solução. Embora haja interpretações diferentes, a minha interpretação é que a lei se aplica em todo o território nacional, mas respeito quem tenha interpretação diferente.
 
Legado
 
Durante a visita, o ministro disse ainda que tem certeza que não haverá "elefantes brancos" depois da Copa do Mundo. Rebelo afirmou que o legado deixado fará com que os Estados aproveitem bem as construções para feiras, shows, restaurantes, lazer, congressos, convenções e espetáculos variados.
 
No caso de Brasília, o ministro brincou:
 
– Elefante Branco continuará sendo apenas um simpático nome de uma grande escola pública de Brasília.