20 anos de Pastoril, conheça um pouco mais da história

01/02/2012 00:54

 

A ideia surgiu há 20 anos atrás com até então diretor do Grupo de teatro Tenda (Teatro Nordestino divulgado) o dramaturgo, diretor e ator Geraldo Jorge, quando convocou cerca de 14 atores e 03 músicos, para fazer uma encenação cômica e irreverente do Pastoril. “aquilo na época, faria muita diferença. Seria profano demais e muito ousado para João Pessoa, mas não deu outra, estreamos no Teatro Lima Penante, já com casa lotada, seria o começo do teatro debochado, escrachado da Paraíba”, comenta Edílson Alves diretor da Companhia Paraibana de Comédia e interpreta o dengoso há 20 anos.
 
No meio dos dois cordões (distribuição das pastoras), cada um comandado pela Mestra (cordão encarnado) e Contramestra (cordão azul), encontramos a Diana, vestida metade azul, metade encarnado. O Velho, conhecido como Dengoso, Faceta, Mangaba ou Bedegueba, mas que toma diversos apelidos é uma espécie de bufão, de palhaço de circo, que comanda as jornadas (cantos das pastoras) e se esparrama em piadas, numa atuação que ressalta o histrionismo, a improvisação. Seus diálogos com as pastoras são cheios de duplo sentido e, com o público, puxa discussão, brincadeiras, faz trejeitos e canta canções adaptadas às suas necessidades. Hoje o pastoril perdeu em sentido hierático e lírico, mas transformou-se num gênero popular de representação, diferenciado e que atingiu sua própria forma. Não é questão de involução mas de interferência dos artistas que com os seus espíritos inquietos e brincantes conduzem esses folguedos.
Nesta versão, o espetáculo permanece na sua característica tradicional, o primeiro ato todas as cenas acontecem na fictícia cidade de Salvador e o segundo, será o pastoril propriamente dito, com muita interatividade com o público, músicas e muitas piadas. Além de ser um espetáculo comemorativo aos 20 anos do Pastoril Profano.
 
                                                                       
 
Depois do sucesso  no espaço cultural, mais de 11 mil pessoas  assistiram o Pastoril Profano Titulado “Pastoril Profano um verão de axé”, que este ano comemora 20 anos de existência e faz uma homenagem a Salvador, nossa primeira capital federal, vai estender  a  temporada  em Fevereiro, no Teatro  Santa  Roza, de  quinta  a  domingo, sempre  as  20 horas. Esta montagem anuncia uma possibilidade das personagens (as pastoras) de não quererem trabalhar ou dançar pastoril no verão, decidem comemorar os 20 anos, ficando de férias, por isso resolvem ir para Salvador. Nesta versão elas irão passar pelas mais variadas situações na capital baiana. Irão se deparar com baianas, couver de Maria Betânia, visita a um terreiro de Candomblé, participam da lavagem da escadaria da igreja do Senhor do Bonfim e várias outras situações hilárias. E é claro com muito bom humor, bom gosto e respeito ao povo baiano. 
 
Já é tradicional e já faz parte do calendário oral turístico de João Pessoa a temporada de verão da Companhia paraibana de Comédia,. Há nove anos consecutivos, durante os meses de janeiro e fevereiro o pastoril profano se apresenta em João Pessoa. Durante esses vinte anos o espetáculo já ultrapassa o número de recorde de público de mais de 130 mil expectadores por onde o pastoril já passou. Nestes anos o grupo já fez várias versões do pastoril (Pastoril Canibal, Pastoril Volta as Aulas, Pastoril Circense, Pastoril BBB, Pastoril Americanalhado, Pastoril Carioca, Pastoril São João e vários outros) sempre preservando o resgate do folguedo popular. Tanto a Lapinha como o pastoril são quase a mesma coisa, porém a lapinha trata o folguedo pelo caráter religioso, já o pastoril pelo lado profano.
 
O Pastoril, mesmo em suas origens, nunca foi inteiramente popular mas burguês e sua justificativa se dá com os Presépios, pois, sistematicamente, os pastoris eram dançados em frente da lapinha, representação estática do nascimento do menino Jesus. 
No elenco estão Verinha (Dinarte Silva), Irmã Luzinete( Sergio Lucena), a Mudinha (Alessandro Barros), Ceicinha  (Alessandro Tchê) Biuzinha (Adeilton Pereira), Magally Mel ( Billy William),Tia Creuza (Ribamar de Souza) e o velho Dengoso (Edilson Alves).
Na técnica estão Nelson Alexandre responsável pelos cenários, figurinos, adereços e iluminação, Wagner Nascimento execução de sonoplastia e contra-regragem, músicos Milton Lima e Lourenço Molla., Geisa de Lourdes ( contra-regra), Músicas de Genário Dunnas. Direção Geral Edílson Alves. Produção de divulgação Giovanna Gondim, Wagner Nascimento e Antonio Hino. Realização Companhia Paraibana de Comédia.
 
Classificação indicativa:12 anos.
 
SERVIÇOS:
PASTORIL PROFANO 20 anos– “Um verão de Axé”
Teatro Santa  Roza 
De Quinta a Domingo - (Fevereiro) – às 20 hs.
Ingressos a venda: Loja Dom Gabriel – (Shopping Sul)- Loja Herrero ( Shopping Tambiá) e Rei do Mate ( Shopping Manaira).
Ingressos: R$ 20,00 ( inteira ) e R$ 10,00 ( estudante) – Antecipados e na 
hora R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 ( estudante)
Maiores informações: 3218-4383 / 8847- 9864